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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cloud computing: o marketing está nas nuvens -- Serie nas nuvens --



Qual a visão que a área de marketing tem em relação a TI? Muito provavelmente a resposta se resume em uma única palavra: complexo. Já o CIO tem em sua mente um local seguro e privativo. Essa é a conclusão de Rafael Novo, da Impacta e EMC, durante sua apresentação no IT Forum Expo/Black Hat.
Mas essa relação de desencontros entre as áreas deve mudar com a chegada da 3ª era, que tem a predominância móvel. São bilhões de usuários e milhões de aplicações ao redor do mundo, que juntos poderão transformar a relação que TI tem com negócio que, por sua vez, enxerga a tecnologia como lenta, cara e restritiva.
“As áreas de negócios em geral estão descontentes com a TI, que basicamente tem se preocupado com legado e com a crescente demanda que negócio traz para a sua área. Mas esse cenário está prestes a mudar”, garante.
Segundo Novo, para a área de TI continuar sendo relevante é preciso reduzir custos operacionais para oferecer preços atrativos para a área de negócio. “Isso é um desafio de anos, só que a agora entra um componente fundamental que é agilidade. A área de tecnologia tem que conseguir entregar um serviço confiável com baixo custo e de maneira ágil”, completa.
Dentro desse conceito e da necessidade da equipe de negócio surge a nuvem, que apesar de ser implementada dentro das organizações pela TI deve ser lembrada como uma revolução da outra área em questão. Embora seu objetivo seja oferecer facilidade, dinamismo, agilidade e baixo custo, cloud computing, na prática, tem criado certa dificuldade para a TI. “Só 9% das empresas disseram ter a área de tecnologia madura para prover soluções ágeis de nuvem. Isso porque cloud não é um produto. Envolve pessoa. É preciso reestruturação interna na organização para implementar essa solução na companhia”, enfatiza Novo ao frisar que é necessário virtualizar aplicações para missão crítica. “É um estepe necessário para ter cloud na sua infraestrutura.”
Estreitando relações
Para Rafael Novo, a área de marketing aposta em soluções de cloud computing em busca, essencialmente, de agilidade para entregar ao seu negócio a inovação desejada. E o investimento tem dado certo: “o próximo passo é fazer com que a TI se transforme em um provedor de tecnologia para o cliente interno”, sugere.
Trabalhar processos de TI como serviço já é realidade na EMC, segundo Novo, que enfatiza que o melhor dos mundos é a nuvem híbrida, podendo ser utilizada de acordo com cada aplicação.
“Entendendo a necessidade do negócio é possível determinar se a sua demanda se encaixa melhor num serviço de nuvem privada ou pública, e em qual provedor”, conclui.
O ponto fundamental é entender a demanda da área de negócio para que a TI consiga se tornar o provedor de serviço para a área de negócio, mesmo que ela use serviço da nuvem externa.


 Exemplo da computação em nuvem ....

A Mineração Taboca atua em diferentes localidades remotas, muitas delas sequer têm conexão à internet. Mas isso não foi impeditivo para a companhia adotar a nuvem – a agilidade e comunicação, somada à redução de custos, falaram mais alto e a TI investiu na contratação da nuvem da CorpFlex.
O até então CIO do grupo, Marcos Bueno, conheceu o fornecedor em um dos encontros promovidos pela IT Mídia em sua sede. Foi quando o executivo explicou a complexa estrutura geográfica da Taboca. O atendimento do projeto começa na unidade em Pirapora do Bom Jesus, no interior de São Paulo, pois as outras unidades como as instalações na reserva indígena de Pitinga, a 300 km de Manaus (AM), inexiste a presença de operadoras de internet. “Mas já estamos em contato com a Oi, e em março de 2014 deve implementar a infraestrutura e poderemos expandir a área de cobertura”, pontua o CIO.
Na nuvem privada e na solução de virtualização de desktops da Corpflex (VDC) foram investidos R$ 300 mil. Ao todo são 10 servidores que atendem cerca de 700 usuários em várias aplicações, entre elas firewall, antivírus, domain controller, web services, relógio de ponto, NF-e do sistema SAP, Active Directory e o próprio site da companhia. A princípio, a mineradora garante que a redução de despesas com gerenciamento de infraestrutura de redes com equipe interna chega a 40% em comparação com o modelo anterior, além de garantir a gestão de aplicativos, disponibilidade de sistemas, backup e segurança cobertos no contrato. A mudança irá eliminar perdas geradas por paradas, seja por problemas técnicos ou por questões de manutenção na rede elétrica, que acarretavam fortes prejuízos à operação.
A previsão é que todos os sistemas migrem para a nuvem até 20 dezembro. “Não tivemos dificuldade nenhuma de migração até agora, desde o processo de convencimento interno até a execução. Foi muito tranquilo”, ressaltou o executivo. Os ambientes são replicados para que não existam interrupções no funcionamento até que seja “virada a chave”. Até mesmo para a sucessão das atividades, com os processos de gestão, não serão afetados – Bueno deixa a companhia no fim de 2013 para assumir TI da Nufarm, empresa do ramo agrícola. A proposta da CorpFlex, de acordo com o presidente da empresa, João Andrade, é simplificar ao máximo a gestão, com total controle dos servidores, e proporcionar a menor mudança possível para as equipes de TI.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/

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